fotos: Luix/especial
"Agradeço aos companheiros vereadores Nelsinho Metalúrgico e Emílio Neto por aceitarem que a nossa bancada do Partido dos Trabalhadores, pudesse homenagear com o Premio Vó Picucha Milanez, a Sra. Lucy Dalva Lopes de Oliveira, mulher corajosa, solidária, meiga e acolhedora.
Agradeço a presença da Sra. Beth Colombo, primeira mulher vice-prefeita de Canoas e Secretária da Saúde, na qual cumprimento a todos os servidores, particularmente as servidoras desta municipalidade; Cumprimento minha querida esposa Diva, minha amada filha Rahamina aos quais agradeço e me alegro com suas presenças; cumprimento meu gabinete, assessores e apoiadores de jornada nesta vereança, na pessoa da Sra. Vani Piovesan; agradeço a presença dos irmãos da Comunidade Eclesial Nossa Senhora dos Romeiros, particularmente dos serviços da Pastoral da Criança e da Catequese da qual a Lucy é animadora, aos quais cumprimento a todos na pessoa da Sra. Terezinha Oliveira Ceolin; agradeço a presença dos demais moradores da Vila União dos Operários e de demais cidadãos canoenses, aos quais quero cumprimentar a todos na pessoa do Presidente da Associação da Vila União dos Operários, Nildo Natal Borba Rosa aqui presente; e, por fim, aos associados e associadas da Horta Comunitária União dos Operários, dos quais a grande parte são mulheres e da qual nossa homenageada Sra. Lucy preside a associação – HOCOUNO - e coordena o serviço da Creche Comunitária, cumprimentando-a incluo as demais mulheres aqui homenageadas pelos colegas e todas as mulheres que sonham e constroem laços de solidariedade nos movimentos e organizações sociais, a partir dos quais engendramos políticas públicas como as anunciadas pelo nosso prefeito Jairo Jorge nas atividades da semana que passou, destacando o Centro de Referência que inclui vários serviços específicos para a mulher canoense, em especial, as vitimizadas e as que vivem sem acesso aos direitos básicos de cidadania.
Lucy Dalva Lopes, filha de Honorato e Evidia Lopes, que começastes a respirar o ar do inverno de campanha gaúcha, em Bagé, no dia 06 de junho de 1954, cedito rumastes com a família para a periferia de Cachoeira do Sul. Aos teus 26 anos, juntastes teus sonhos e tua vida com Valdir de Oliveira, com quem germinaram duas lindas e carinhosas filhas: Lívia e Larissa,as quais cumprimento e agradeço duas presenças. Apesar de já estares cursando Geografia e sonhares com uma carreira no magistério, em 1985, como tantos migrantes gaúchos, decidistes com tua família tentar a sorte grande aqui em Canoas, abrigando-te por algum tempo na simples e acolhedora casa de tua irmã Nina, na ocupação da Vila União dos Operários. Fazia pouco mais de ano que os valorosos ocupantes desta área haviam conquistado na justiça a posse da área e, de forma organizada, habitado os 834 lotes da vila. E tu Lucy, como tantos que ainda estavam sem lar, cultivavas o sonho de ter o teu lote de terra e o teu lar.
Um misto de insegurança e alegria não te impediu a aceitares o convite de seres com tua família, zeladores de uma área de um hectare no centro da vila, a Horta Comunitária com dois anos de lida e manejo no cultivo de hortaliças, legumes e verduras, construída por homens e mulheres desempregados no programa das frentes de trabalho, mais algumas poucas famílias que ainda hoje são o esteio, como a família Rodrigues Pereira. Foi-te construída uma pequena casa e a horta tinha um cercado de tela, nada mais. Logo deixastes teu trabalho no supermercado, pois tivestes que cuidar da saúde da filhinha Larissa, com 8 anos de idade. Teu coração grande de mãe comunitária fez-te cuidar de um afilhado, depois mais uma criança aqui outra ali e, quando te destes por conta, tinhas virado uma mãe crecheira, uma mãe do povo, ou como te conhecem até hoje, a Tia Lucy da horta.
Nestes vinte e dois anos que lá te alegras e superas os inúmeros desafios que te chegam, fostes não só a mulher Lucy tia dos pequenos, mas a tia Lucy de centenas de crianças que são visitadas em seus lares precários e suas mães convencidas a pesarem mensalmente os filhos, muitos destes que tivestes a alegria de veres a superação da desnutrição e da subnutrição, fruto de teu trabalho e de tuas companheira líderes. Comentavas comigo o nome de algumas que hoje não apenas mulheres crescidas, mas também mães sadias e com filhos vigorosos. E, como todas as vezes que tenho o privilégio de dialogar estas histórias, noto no teu semblante a maior recompensa que uma mulher do povo, uma mulher comunitária, a Vó Picucha que vive em ti pode ter: a força e a recompensa que não se compra pois ela só pode frutificar da generosidade em acolher a todos que pedem pra cultivar um canteiro na horta; das jornadas fatigantes que te dedicas em visitar as famílias com crianças em situação de risco social; da ternura em acompanhar e acariciar as crianças, muitas vezes te machucando visceralmente por não poderes lhes dar de imediato uma condição melhor, mas acreditando que lá adiante com certeza terão vida mais digna com este singelo trabalho da pesagem, da orientação e da alimentação complementar; da solidariedade que desperta cidadania nas mulheres e homens com quem trocas conhecimentos de vida familiar, social e civilizada.
Querida Lucy, mulher do povo da União dos Operários e mulher canoense. Te admiro pela coragem em enfrentar os novos desafios, dos quais, quero destacar um deles, o de estruturtar a futura escola de educação infantil União dos Operários. Tu vives mais do que eu os percalços que provém dos setores da justiça e do governo que em nome do fim das creches e da correta necessidade gradativa de todas as crianças estarem numa escola de educação infantil, tendem a enxergar soluções e saídas fáceis, deixando de enxergar o quanto de serviço social voluntário tens dedicado em tua caminhada. Tenho a certeza da parceria da nova administração e da qual tens em mim e vou fazer de tudo para que os demais vereadores esta casa sejamos parceiros na gradativa consolidação de teu sonho de ampliar teu trabalho e estruturar a escola de educação infantil e demais serviços que a Associação da Horta comunitária União dos Operários presta no laboratório de informática e no cultivo e manejo da horta, às famílias, às crianças e aos jovens, particularmente, daqueles em risco social. Novamente te adiro pela coragem em lapidar teu saber na tua lida. Quando passastes de mãe crecheira á creche Tia Lucy, te desafiastes e realizastes com muita dedicação e perseverança a conquista do Técnico em Magistério, no Lasalle. Agora, frente ao novo desafio, estás cursando Pedagogia na ULBRA, á noite, após o dia fatigante de mãe e líder comunitária, juntando teus parcos recursos e aproveitando dos descontos de quem tem ultrapassado a barreira dos cinqüenta. Quanta dedicação, persistência e generosidade.Parabéns Lucy! Em ti quero homenagear todas as mulheres mães, comunitárias, do povo e cidadãs. Um forte abraço e saborosos de vida na horta comunitária!"
Um misto de insegurança e alegria não te impediu a aceitares o convite de seres com tua família, zeladores de uma área de um hectare no centro da vila, a Horta Comunitária com dois anos de lida e manejo no cultivo de hortaliças, legumes e verduras, construída por homens e mulheres desempregados no programa das frentes de trabalho, mais algumas poucas famílias que ainda hoje são o esteio, como a família Rodrigues Pereira. Foi-te construída uma pequena casa e a horta tinha um cercado de tela, nada mais. Logo deixastes teu trabalho no supermercado, pois tivestes que cuidar da saúde da filhinha Larissa, com 8 anos de idade. Teu coração grande de mãe comunitária fez-te cuidar de um afilhado, depois mais uma criança aqui outra ali e, quando te destes por conta, tinhas virado uma mãe crecheira, uma mãe do povo, ou como te conhecem até hoje, a Tia Lucy da horta.
Nestes vinte e dois anos que lá te alegras e superas os inúmeros desafios que te chegam, fostes não só a mulher Lucy tia dos pequenos, mas a tia Lucy de centenas de crianças que são visitadas em seus lares precários e suas mães convencidas a pesarem mensalmente os filhos, muitos destes que tivestes a alegria de veres a superação da desnutrição e da subnutrição, fruto de teu trabalho e de tuas companheira líderes. Comentavas comigo o nome de algumas que hoje não apenas mulheres crescidas, mas também mães sadias e com filhos vigorosos. E, como todas as vezes que tenho o privilégio de dialogar estas histórias, noto no teu semblante a maior recompensa que uma mulher do povo, uma mulher comunitária, a Vó Picucha que vive em ti pode ter: a força e a recompensa que não se compra pois ela só pode frutificar da generosidade em acolher a todos que pedem pra cultivar um canteiro na horta; das jornadas fatigantes que te dedicas em visitar as famílias com crianças em situação de risco social; da ternura em acompanhar e acariciar as crianças, muitas vezes te machucando visceralmente por não poderes lhes dar de imediato uma condição melhor, mas acreditando que lá adiante com certeza terão vida mais digna com este singelo trabalho da pesagem, da orientação e da alimentação complementar; da solidariedade que desperta cidadania nas mulheres e homens com quem trocas conhecimentos de vida familiar, social e civilizada.
Querida Lucy, mulher do povo da União dos Operários e mulher canoense. Te admiro pela coragem em enfrentar os novos desafios, dos quais, quero destacar um deles, o de estruturtar a futura escola de educação infantil União dos Operários. Tu vives mais do que eu os percalços que provém dos setores da justiça e do governo que em nome do fim das creches e da correta necessidade gradativa de todas as crianças estarem numa escola de educação infantil, tendem a enxergar soluções e saídas fáceis, deixando de enxergar o quanto de serviço social voluntário tens dedicado em tua caminhada. Tenho a certeza da parceria da nova administração e da qual tens em mim e vou fazer de tudo para que os demais vereadores esta casa sejamos parceiros na gradativa consolidação de teu sonho de ampliar teu trabalho e estruturar a escola de educação infantil e demais serviços que a Associação da Horta comunitária União dos Operários presta no laboratório de informática e no cultivo e manejo da horta, às famílias, às crianças e aos jovens, particularmente, daqueles em risco social. Novamente te adiro pela coragem em lapidar teu saber na tua lida. Quando passastes de mãe crecheira á creche Tia Lucy, te desafiastes e realizastes com muita dedicação e perseverança a conquista do Técnico em Magistério, no Lasalle. Agora, frente ao novo desafio, estás cursando Pedagogia na ULBRA, á noite, após o dia fatigante de mãe e líder comunitária, juntando teus parcos recursos e aproveitando dos descontos de quem tem ultrapassado a barreira dos cinqüenta. Quanta dedicação, persistência e generosidade.Parabéns Lucy! Em ti quero homenagear todas as mulheres mães, comunitárias, do povo e cidadãs. Um forte abraço e saborosos de vida na horta comunitária!"
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